Entre os três deputados federais eleitos pelo MDB catarinense, existe uma clara divergência entre apoio e oposição ao atual Governo Federal. Valdir Cobalchini e Carlos Chiodini estão alinhados à base do Governo. Já Rafael Pezenti se identifica como oposição. No Senado, a senadora Ivete Appel da Silveira tem assumido, até o momento, uma posição de neutralidade.
Eleito para o primeiro mandato de federal mais votado do partido, após três eleições à Alesc, Valdir Cobalchini, tem se posicionado de forma discreta quando questionado sobre integrar a base de Lula. “Entendo que a campanha acabou na eleição e agora é o momento de pensar em Santa Catarina e no Brasil”, afirma o deputado que, assim como Chiodini e os dois deputados petistas (Ana Paula Lima e Pedro Uczai), não assinou o requerimento da CPI dos atos antidemocráticos proposta pela oposição.
“O MDB tem três importantes ministérios no Governo (Transportes, Cidades e Planejamento) e por isso, automaticamente faz parte da base no Congresso. Sou um político de resultado e acredito que daqui pra frente é apoiar o Governo para que ele possa fazer o melhor pelo País. Claro, com relação ao meu voto em projetos polêmicos, meu posicionamento será sempre norteado pelos meus princípios que me trouxeram até aqui”, argumenta Cobalchini.
Presidente do diretório estadual do partido, Carlos Chiodini, eleito em segundo mandato, também integra a base do Governo. Em entrevistas, tem dito que o importante nesse momento é dar sustentação ao Governo nos projetos estruturantes e buscar recursos para as obras necessárias em Santa Catarina. “Nós somos demandados a todo o momento em situações que precisamos bater na porta do Governo Federal e defender o interesse de Santa Catarina. Por isso, ao invés de apenas criticar por criticar, precisamos construir pontes”, defende Chiodini, acrescentando que seu perfil é de “entrega e resultados e não apenas de exposição midiática como hoje ocorre com muitos parlamentares”.
Eleito em primeiro mandato, o deputado Rafael Pezenti é o sucessor do ex-deputado Rogério Peninha Mendonça, que foi eleito três vezes deputado federal, e desde a campanha eleitoral foi o mais identificado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os três eleitos. Em entrevistas e manifestações nas redes sociais se define muito claramente como “oposição ao presidente Lula”.
De acordo com ele, fará oposição inteligente fiscalizando os recursos que Santa Catarina envia para Brasília. “Eu não vou ser favorável a pautas ideológicas defendidas pela esquerda, porque são contrárias aos meus princípios e ao que defendem os eleitores que me mandaram para Brasília, mas nada impede que voto favorável a projetos que entenda serem importantes para Santa Catarina e para o Brasil”, justifica Pezenti.
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