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Bolsonaro provocou calote bilionário na Caixa em tentativa de reeleição, aponta reportagem

O ex-presidente usou a Caixa para lançar linhas de crédito para tentar seduzir a classe mais pobre do País e a operação levou o banco público a um calote bilionário nas contas do banco

Uma reportagem divulgada pelo Portal Uol nesta segunda-feira (29) mostra que a Caixa Econômica Federal (CEF) foi usada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para fins eleitorais na sua tentativa frustrada à reeleição. A operação colocou em fisco administrativo e financeiro o banco público.

De acordo com a reportagem, a operação iniciou no início do ano passado, quando o ex-presidente mirou a população mais pobre do País. Como a criação do Auxílio Brasil não atingiu o efeito esperado, o ex-presidente ousou a Caixa.

A matéria explica que por medida provisória, foram criadas duas linhas de crédito na Caixa para essa fatia do eleitorado. Até a eleição, o banco estatal liberou R$ 10,6 bilhões para 6,8 milhões de pessoas.

O resultado da eleição apresentou a na reeleição de Bolsonaro, com o insucesso da estratégia. Mas, nasceu ali um calote bilionário nas contas do banco, que só agora começa a ser conhecido.

O UOL teve acesso a informações que eram mantidas pela Caixa em segredo. E explica nesta reportagem como um banco estatal de 162 anos foi usado como arma da campanha de Bolsonaro, se valendo de manobras inéditas, sem transparência, que expuseram a instituição a um nível de risco inédito na história recente.

Entenda o caso

Em 17 de março de 2022, Bolsonaro e o então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, assinaram duas medidas provisórias:

– A primeira criava uma linha de microcrédito para pessoas com nome sujo. Até as eleições, a Caixa emprestou R$ 3 bilhões no programa, chamado de SIM Digital. Mas muito pouco desse dinheiro retornou. A inadimplência chegou a 80% neste ano, segundo a atual presidente do banco. Parte do rombo deve ser coberto com verbas do FGTS.

– A outra liberava empréstimos consignados ao Auxílio Brasil. Entre o primeiro e o segundo turno das eleições, a Caixa liberou R$ 7,6 bilhões. O programa é criticado por reduzir o valor do benefício social para pagar o empréstimo. Mais de 100 mil devedores foram excluídos do Bolsa Família este ano e o pagamento das parcelas do crédito é incerto.

Ainda conforme a reportagem do portal a aventura eleitoral também custou a queima de reservas da Caixa. No último trimestre de 2022, o índice de liquidez de curto prazo — um indicador de risco — chegou ao menor nível já registrado pelo banco.

O outro lado

Para o UOL, a Caixa informou através de nota que “o banco divulga suas informações em linha com as melhores práticas do mercado”. Na nova nota, a assessoria do banco admitiu que os números levantados pela reportagem estão corretos.

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