Um caminhão registrado no nome de empresa da família do Senador por Santa Catarina, Jorge Seif Júnior (PL) foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma abordagem na BR-487, na região de Naviraí, em Mato Grosso do Sul, a 359 quilômetros de Campo Grande. A apreensão aconteceu em 25 de março passado, mas o caso só veio à tona nesta terça-feira (11) após publicação do Portal SC em Pauta do jornalista Marcelo Lula.
Segundo a polícia, o caminhão estava sendo dirigido pelo caminhoneiro Jonas Tomás Lemim , 25 anos, que foi preso em flagrante. No interior do caminhão da marca Volvo, os policiais encontraram várias caixas de transporte de peixe, inclusive com a marca com as iniciais do senador, JS. Em algumas delas foram encontrados tabletes de maconha. Ao todo foram apreendidos 322 quilos da droga.
A operação envolveu, além da PRF, também a Polícia Civil de Dourados e o motorista está preso na delegacia de Naviraí. No momento da prisão, o motorista teria dito que o destino da droga seria Itajaí (SC). É neste município que também está localizada a sede da empresa.
Carga estimada em quase R$ 700 mil
A Polícia avaliou que o material apreendido está estimado em R$ 698 mil. O flagrante aconteceu no posto de fiscalização Foz do Amambai e contou com apoio da Polícia Militar.
O motorista informou que receberia uma quantia não informada para transportar o material da fronteira de Mato Grosso do Sul até a cidade catarinense. Ele não soube informar a quem pertencia o entorpecente.
Ele foi preso em flagrante, e encaminhado para a Delegacia de Polícia de Naviraí.
O OUTRO LADO
A assessoria do senador Jorge Seif justificou que o veículo foi vendido antes do episódio, inclusive com prova existe um contrato de compra e venda. “A venda do veículo, bem como as caixas plásticas de transporte de pescados, foi efetivada no dia 08 de setembro de 2022. Foi uma operação de compra e venda que resultou na entrega do bem para outrem, vendido de forma parcelada, e mediante a quitação, seria transferido no DETRAN. Conforme contrato firmado entre as partes, ele assumiu, a partir da compra, toda a responsabilidade pelo bem, não tendo o vendedor que se pronunciar por fatos ocorridos após a transmissão do mesmo”, diz nota enviada pela assessoria.

Ainda segundo a assessoria, o ilícito não tem relação com a empresa da família do senador catarinense. “Tem processo investigativo em andamento. A informação que obtivemos foi que o comprador original alugou/arrendou/emprestou o veículo e as caixas para terceiros e isso originou o problema”, diz a assessoria. Este FatosOnline solicitou uma cópia do contrato de compra e venda registrado em cartório, mas a assessoria se limitou a dizer que o caso está com a polícia. “O jurídico da empresa, da qual o senador Jorge Seif não faz parte, não quer se manifestar e pediu que maiores detalhes sejam obtidos junto a polícia/justiça”, disse.
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