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Grupos de alimentos e energia influenciaram para deflação do IPCA-15 /Foto: Tânia Rego

Deflação do IPCA-15 aumenta pressão para o BC reduzir a taxa Selic

Dados para julho confirmaram a primeira queda em dez meses

Nos últimos meses, a economia brasileira vem dando sinais de que está entrando de volta nos trilhos. Se de um lado a taxa Selic continua no mesmo patamar de agosto do ano passado, do outro, os principais índices de inflação (IPCA e IPCA-15) têm registrado quedas contínuas desde o início de 2023.

Na terça-feira (25), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o IPCA-15 – a prévia da inflação – havia chegado à sua primeira deflação em dez meses, com o recuo de 0,07% em julho. O resultado levantou ainda mais os questionamentos a respeito do primeiro corte da Selic, previsto para a próxima reunião do Copom.

Desde que o último encontro do Comitê de Política Monetária do Banco Central terminou com os membros do colegiado mantendo a taxa de juros no mesmo patamar de 13,75%, os investidores e o governo federal voltaram a criticar a postura do BC, mesmo com as sinalizações de que a instituição cortaria os juros pela primeira vez desde maio de 2020.

Recentemente, a opção do BC de manter a Selic neste nível fez inclusive com que o IBC-Br, índice que mede a atividade econômica brasileira, apontasse para um retração de 2,0% da economia no mês de maio, fato que elevou as preocupações do governo brasileiro com relação ao desempenho econômico do país em 2023. 

Para o IPCA-15, o grupo que gerou o maior impacto durante o mês de julho foi o de energia elétrica, com as reduções nas tarifas de energia que aconteceram ao redor do país. Somente o subgrupo ‘energia elétrica residencial’ registrou uma queda de 3,45% durante o período. A deflação no preço dos alimentos (-0,40%) também foi responsável pelos 3,19% do IPCA-15 acumulado em 12 meses até julho.

Pressões na Selic

A próxima reunião do Copom, onde o Banco Central anunciará qual o patamar da taxa básica de juros está marcada para os dias 1 e 2 de agosto, e o cenário desenhado é de queda, no entanto, a maior divergência passa pelo tamanho deste corte. 

Antes da divulgação do IPCA-15 nesta semana, a maior probabilidade era de um corte tímido de 0,25 p.p., mas agora com uma deflação maior do que a esperada para este mês, as pressões em cima do Banco Central e do seu presidente, Roberto Campos Neto, aumentaram ainda mais.

Após a divulgação do IBGE, a probabilidade de um corte de 0,5 p.p ganhou força no mercado, segundo aponta o Contrato de Opção de Copom fornecido pela B3. A chance de um corte desse nível era de 43% na última segunda (24) e agora já passou para 58,5%, enquanto uma redução de 0,25 p.p é precificada em 37,5%.

De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a expectativa do governo, assim como a do mercado, é de que um aumento de 0,5 ponto percentual se confirme no início de agosto. “Há espaço para a queda de juros e ela irá ajudar na política fiscal (…) uma coisa reforça a outra”, disse ele em entrevista ao portal Metrópoles.

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