Representantes da coordenação do Movimento Humaniza Santa Catarina entregaram ao ministro da Justiça, Flávio Dino, quinta-feira, o manifesto de fundação do movimento e pediram atenção especial, considerando os atos de violência que vem ocorrendo no Estado e o combate ao nazifascismo.
O ministro se comprometeu tratar do assunto com toda a atenção. Ele disse que nos últimos dias, após o ataque a creche de Blumenau, foram feitas mais de cem apreensões e prisões de suspeitos em propagação de discurso de ódio e ameaças. “Todos os dias temos registros de prisões e apreensões de adolescentes, assim como da realização de buscas e apreensões. Um dos resultados dessas operações é que temos ataques emanados de indivíduos que atuam solitariamente, mas temos também, infelizmente, agrupamentos que se organizam sobretudo na internet e que têm várias inspirações”, explicou.
A vice-reitora da UFSC, Joana Célia Passos, entregou ofício propondo diálogo para consolidar uma política voltada para as instituições em SC. “Estado tem um papel especial diante do clima de violência extrema que vem ocorrendo”, disse Joana, exemplificando que há em Santa Catarina estudantes presos por formarem células nazistas.
Para a ex-senadora Ideli Salvatti, uma das coordenadoras do movimento , a situação em Santa Catarina merece muita atenção. “Temos a necessidade de uma organização entre e Estado e sociedade civil para combater esse tipo de violência”, afirmou.
De acordo com ela, o Ministério Público já tem um levantamento de quase 500 células nazista no Estado, mas o enfrentamento tem sido moroso demais. “Estamos trabalhando desde o final de novembro, temos cerca de 100 entidades engajadas e mais de mil pessoas envolvidas, mas precisamos da força do Estado”, enfatizou.
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