Áudios e mensagens encontrados no celular de Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro preso na operação realizada nesta quarta-feira, 04, pela PF, mostram que houve uma discussão sobre um golpe de estado na ante sala do Palácio do Planalto.
O material, divulgado pela CNN, revela uma conversa de Cid com Ailton Barros, também preso pela PF, onde ambos articulam um golpe no dia 15 de dezembro de 2021. O ex-major do Exército foi candidato a deputado estadual se auto-intitulando o “01 do Bolsonaro”.
Em um dos trechos, Ailton afirma que é preciso pressionar o então comandante do exército, Freire Gomes, a aderir à trama golpista. Na sequência, eles detalham que faz parte dos planos determinar a prisão do Ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes.
No trecho mais grave Ailton Barros diz:
“Então, se preciso for, vai ser fora das quatro linhas. E aí nessa ordem de operações, nos “decreto”, nas portarias que tiverem que ser “assinada” tem que ser dada a missão ao comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia de prender o Alexandre de Moraes no domingo, na casa dele, como ele faz com todo mundo”
E continua: “E aí, na segunda-feira, ser lida a portaria ou as portarias, o decreto ou os decretos de garantia da lei e da ordem, e botar as Forças Armadas, cujo comandante supremo é o Presidente da República para agir, senão nunca mais nós vamos limpar o nome do glorioso Exército de Caxias”
Diante da repercussão, o senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, afirmou à CNN Brasil que o tenente-coronel Mauro Cid será o primeiro a depor na CPMI que investigará os atos golpista de oito de janeiro.
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