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Deputado estadual, Marquito

“Tenho vontade e disposição”, diz Marquito sobre candidatura a prefeito de Florianópolis

Nesta entrevista exclusiva ao Portal Fatosonline, o deputado estadual Marquito fala sobre o contexto político e também sobre uma possível candidatura a prefeito da Capital

Deputado estadual eleito em primeiro mandato e o primeiro da história do PSOL catarinense, Marquito obteve a maior votação de Florianópolis no pleito de 2022, com 25.975 votos. Ao todo, foram 40.329 votos.

Antes de chegar à Alesc, foi eleito vereador em 2016 (5.448 votos, o segundo mais votado) e 2020 (5.858 votos, o primeiro colocado).

Se definindo como alguém que coloca a ecologia e justiça social como centro do debate, nesta entrevista ele fala sobre a possível candidatura a prefeito da Capital, o mandato em defesa do meio ambiente e a expectativa sobre o Governo do presidente Lula, entre outros temas.

FATOSONLINE – A primeira pergunta é a que mais se faz na política de Florianópolis. O Marquito vai ser candidato a prefeito em 2024?

MARQUITO – Tenho vontade e disposição, é o que eu sempre digo. Mas há um processo interno no partido, um diálogo com os partidos do campo e uma colocação do nome à disposição. É uma construção que depende de muitos atores e fatores. Nos alegra saber que muita gente vê o Marquito como candidato natural. Então, tem tudo para ser.

FATOSONLINE – E como está essa construção, com os partidos de esquerda, para essa possível candidatura?

MARQUITO – Ainda não há uma frente já formalizada. Mas o diálogo da construção está ocorrendo, com vários partidos, como PT, PSB, PCdoB, PDT, PCB, Solidariedade, Rede, PV e UP.

FATOSONLINE – Enquanto 2024 não chega, como está sendo a experiência na Alesc, neste início de mandato?

MARQUITO – Estamos conhecendo esse espaço novo e nos organizando. Mas já protocolamos quatro frentes parlamentares e um fórum parlamentar, estamos compondo seis comissões permanentes, apresentamos projetos de lei, abrimos um diálogo amplo aqui dentro da Alesc, temos realizado ações para além de Florianópolis, principalmente nas áreas ambiental e da agroecologia, estamos fazendo nosso papel de fiscalização dos equipamentos públicos, principalmente nas escolas e nas estradas, e atuando como oposição ao governo do estado.

FATOSONLINE – Na Câmara, você sempre teve uma pauta bastante voltada as questões ambientais. Será possível desenvolver esse trabalho na Alesc?

MARQUITO – Claro. A gente tem esse foco, a gente veio pra cá para também para preencher uma lacuna no parlamento com relação às questões ambientais. O pessoal diz “o Marquito é o deputado ambientalista”. E estamos trabalhando nessa perspectiva mesmo. Assumimos a presidência da Comissão de Turismo e Meio Ambiente. Fomos convidados pelo presidente da casa, Mauro de Nadal, a assumir o programa Alesc Sustentável. Estamos trazendo para cá todo o nosso conhecimento e a nossa experiência na área ambiental.

FATOSONLINE – Qual a expectativa do deputado Marquito em relação ao Governo do presidente Lula?

MARQUITO – Comemoramos o início deste governo mais democrático, que dialoga e que está retomando programas importantes. Também estamos satisfeitos com as inovações com relação à questão indígena. Mas a minha expectativa não é muito grande porque tem todo um limite: financeiro, do Congresso Nacional e dos acordos que o Lula precisa assumir para conseguir governar. Então, essa também é uma expectativa, de que não vai ser todo um programa de esquerda.

FATOSONLINE – Espera algo especial do presidente com relação a Santa Catarina, um Estado onde ele acabou não tendo sucesso eleitoral?

MARQUITO – Para Santa Catarina, temos uma expectativa de apoio ao campo ambiental, com a retomada das políticas relacionadas a essa área. A gente tem uma expectativa de que o governo olhe para a Amazônia, obviamente, mas que também volte o olhar para o bioma da Mata Atlântica. Tem ainda uma expectativa de que Lula retome os programas de promoção da agroecologia e da produção orgânica, o que está sendo organizado. O foco na segurança alimentar e nutricional era outra expectativa e está acontecendo, com a reinstalação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e o relançamento de programas característicos dos governos do PT.

Da nossa parte, temos uma expectativa de poder ajudar nessa interlocução, como já temos feito. Trouxemos o Ministério da Cultura (MinC) para a audiência pública da Lei Paulo Gustavo e agora vamos trazer a Secretaria Nacional da Juventude para o lançamento da Frente Parlamentar das Juventudes. Já fomos à Brasília e realizamos reuniões no MinC, no Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, no Ministério dos Povos Indígenas e no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

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