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Vivências indígenas em Florianópolis é temática discutida em Frente Parlamentar

Em Santa Catarina as etnias Guarani, Kaingang e Laklãnõ Xokleng reúnem, ao todo, mais de 16 mil indígenas

No mês de agosto em que se celebra o Dia Internacional dos Povos Indígenas, uma reunião foi realizada pela Frente Parlamentar de Igualdade Racial, Liberdade Religiosa, Povos e Comunidades Tradicionais e População Migrante para abordar sobre a vivência indígena inserida no município de Florianópolis.

Em Santa Catarina as etnias Guarani, Kaingang e Laklãnõ Xokleng reúnem, ao todo, mais de 16 mil indígenas. Para valorizar a data, a Câmara Municipal de Florianópolis abriu as portas com o objetivo de promover maior aprofundação sobre a importância da valorização aos povos originários em uma Frente Parlamentar, realizada nesta última quinta-feira (10). 

Ao destacar os dados populacionais dos povos indígenas no Brasil e estado catarinense, a Vereadora Cíntia Mendonça abordou sobre a relevância da discussão da temática. “Segundo o CENSO de 2022 são quase 1,7 milhões de indígenas presentes em mais de 4.800 municípios brasileiros. Dos 27 estados do país e distrito, o estado de Santa Catarina está na 17º posição de maior população indígena com 21.541 pessoas em nosso estado, sendo 1.854 indígenas só em Florianópolis. Esses dados confirmam a urgência das políticas públicas voltadas aos povos e às terras indígenas na nossa cidade”.

De acordo com a Vereadora Tânia Ramos, o encontro foi essencial para a realização de alguns dos principais encaminhamentos que buscam evidenciar ainda mais a causa, como, por exemplo, a realização de uma audiência com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) prevista para abordar sobre a educação na comunidade, além do alerta ao seu uso nos postos de saúde e utilização do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). 

“Saíram várias questões sobre a comunidade indígena, como a da educação, da saúde, cultura e moradia. Eles têm um bom acolhimento dentro da universidade, porém, ainda precisam ser mais escutados. Vai sair essa audiência com a Universidade Federal, e tanto nos outros também, com o poder público na luta pela casa de passagem, onde existem várias comunidades indígenas com seus artesanatos”, disse.

Lideranças e estudantes indígenas como integrantes da Ocupação da Moradia Estudantil na Maloca Indígena e da Casa de Passagem Indígena marcaram presença. De acordo com Thaira Antônia Pripra, do povo Xokleng e estudante de Psicologia na UFSC, apesar da invisibilização, os grupos têm se reforçado cada vez mais. “Enfrentamos diversas dificuldades no acesso à saúde e à assistência social. Como coletivo de estudante indígena, temos nos fortalecido para criarmos políticas que possam nos atender em espaços urbanos. Não é porque estamos fora dos nossos territórios que não somos indígenas”, ela afirma.

Cléber César Buzatto, membro do Conselho Indigenista Missionário Regional Sul, elaborou sobre os principais pontos de luta que vêm acompanhado a história dos povos originários. “A luta dos povos pela reconquista dos seus territórios é o principal ponto de vista estruturante. Aqui em Florianópolis, isso também se reflete na luta que se tem feito pela construção de uma casa de passagem para acolher famílias indígenas que se deslocam para o município, especialmente no período veraneio, para a comercialização e confecção de seus artesanatos”, concluiu.

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